Novato vence insônia e ganha ajuda de Vicente Lenílson para despontar

28-09-2010 19:02

Quando venceu a final dos 100 m rasos no Troféu Brasil, na tarde da última quinta-feira, Jefferson Liberato Lucindo não se deu conta de que era o campeão da prova. Foi a falta de costume. Aos 19 anos, o carioca é um dos talentos do Instituto Lançar-se para o Futuro, mas não conseguia se firmar em competições.

“Hoje eu estou melhor psicologicamente. Antes, eu ficava tremendo antes das provas”, revelou o velocista, que após se surpreender com a vitória por 10s39, também ficou impressionado com a quantidade de jornalistas que queriam entrevistá-lo após a prova.

A tensão antes das competições foi crescendo a tal maneira que Jefferson começou a enfrentar outros problemas, sobretudo uma séria insônia. Além disso, o carioca acompanhou um problema de saúde do sobrinho, fatos que, somados, o levaram a não se apresentar de maneira convincente.

“Antes ele tremia, ficava ansioso. Ele já treina bem há muito tempo, mas chega nas competições, ele não faz o que treina”, explicou ao UOL Esporte o técnico de Jefferson, Paulo Servo. “Isso é um problema que acontece com um jovem sem experiência”.

Treinador de Jefferson Liberato desde a infância do atleta, Servo acredita que uma das razões para seu pupilo superar a ansiedade foi a chegada de Vicente Lenílson, que vem treinando com a equipe no Rio de Janeiro há dois meses.

“Desde o momento em que o Vicente [Lenílson] começou a treinar com a gente, o Jefferson amadureceu um pouco. Ele é um companheiro e tanto, com muita experiência, e está passando muita coisa para os meninos”, salientou o professor. “Quando você é líder de um grupo, é uma coisa, mas quando chega uma pessoa mais madura, é outra. Ele ficou mais confiante, mais seguro nas competições”.

Além de contar com um novo e experiente parceiro, Jefferson e todos os outros jovens do Instituto Lançar-se estão treinando em um novo centro no Rio de Janeiro, a Vila Olímpica do Mato Alto, que levou sete anos para sair do papel. Mas apesar disso, Servo lembra que ainda há muito a ser feito por lá.

“O fato de treinar na Vila Olímpica é extremamente significativo. Mas ainda não é uma coisa totalmente adequada. Não temos sala de musculação, não temos material, não temos setor de salto, coisa nenhuma, mas vamos chegar lá. Isso tudo vai ter, vamos conquistar aos poucos”, afirmou.

Reportagem:uol esporte

Fonte:uol esporte

Voltar
online counter