Moya quer voltar às quadras antes de aposentar

27-09-2010 19:51

Atualmente ocupando apenas a 507ª colocação no ranking da ATP e sem jogar desde maio deste ano, o espanhol Carlos Moya participou, nesta segunda-feira, de um ciclo de palestras cujo tema era “o medo de entrar em quadra”. O ex-número 1 do mundo afirmou que ainda pretende desfrutar do circuito antes de se aposentar, embora sua prioridade neste momento seja curtir sua filha recém nascida e recuperar-se fisicamente.

“Nunca disse que iria me aposentar nesta temporada. Sempre disse que eu iria ser operado para depois voltar a jogar. Agora, estou desfrutando de minha filha e tenho que ver como responde o meu pé quando voltar a treinar forte”, afirmou o espanhol. “Mas claro que eu gostaria de me despedir dentro de quadra, vestido de tenista e desfrutando do esporte que eu gosto”, completou.

Moya descartou um fim de carreira como o do austríaco Thomas Muster, que com quase 43 anos voltou às quadras para jogar torneios menores. “Não creio que jogaria challengers como ele, mesmo que Muster nunca tenha se aposentado definitivamente, uma vez que se manteve jogando no circuito de seniores”, avaliou o tenista de Mallorca, que disse não se sentir como espelho para a nova geração espanhola.

Durante a palestra sobre o medo de entrar em quadra, o ex-número 1 lembrou de algumas passagens em sua carreira. “O medo pode fazer você jogar boas ou más partidas. O lado positivo, eu vivi em 2004, quando jogamos a final da Copa Davis em Sevilha. Era o último grande objetivo que havia traçado para mim e sabia que era uma das últimas oportunidades de conquistá-la. Joguei muito bem e venci (Andy) Roddick, algo que nunca havia conseguido antes, superando o medo”, rememorou.

Contudo, ele também tratou de mostrar o outro lado da moeda. “O lado ruim aconteceu em 1996, em Roland Garros, quando tive que enfrentar o meu ídolo na juventude, Stefan Edberg. Sofrei uma de minhas piores derrotas na carreira (6/2, 6/2 e 6/1). Lembro que estava mais atento a Edberg do que às bolas”, ironizou o tenista, que não joga desde o Masters 1000 de Madri.

Perguntado se sua filha fosse tenista no futuro, Moya demontrou ter bem claras as ideias sobre isso. “A única coisa que eu quero é que ela seja feliz, independente a que se dedique”, finalizou o espanhol, que ainda não tem data marcada para sua volta.

Reportagem:vinicius761

Fonnte:uol esporte

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